LANÇAMENTO: CRÂNIO DE VIDRO DO SELVAGEM DIGITAL 💀
Do mesmo autor de Elite da Tropa e Cabeça de Porco, o novo livro de Luiz Eduardo Soares, aposta na liberdade da imaginação através de uma narrativa surpreendente, aceitando o desafio de transformar em literatura o esgotamento sem fim de um mundo em ruínas.
O bate-papo com o autor, será mediado por Suzana Vargas, escritora, professora de literatura, diretora do Instituto Estação das Letras e curadora de projetos culturais, como o Clube de Leitura do Centro Cultural do Brasil.
E segue com a sessão de autógrafos.
Então anota na sua agenda, dia 18 de dezembro, a partir das 19 horas, na Blooks Livraria (Praia de Botafogo, 316 – Botafogo, Rio de Janeiro/RJ)
Crânio de Vidro do Selvagem Digital, de Luiz Eduardo Soares (PRÉ-VENDA)
Brasa mergulha de cabeça na literatura ficcional com Crânio de Vidro do Selvagem Digital, novo livro de Luiz Eduardo Soares, autor de Elite da Tropa e Cabeça de Porco.
Neste inusitado lançamento da Brasa, Luiz Eduardo Soares aposta na liberdade da imaginação para conduzir o leitor através de uma narrativa lisérgica.
Ao longo das 176 páginas o leitor tem o tapete sob os seus pés puxado sem aviso e embarca numa aventura psicodélica Philip-Kadiana com uma pitada de Castanheda à brasileira, onde o calor do Rio quarenta graus derrete a lógica, jogando-a num caleidoscópio que liquidifica a narrativa.
O livro está em pré-venda com 20% de desconto no site www.brasaeditora.com.br e é uma convocação para leitores que apostam na incerteza.
Todavia Livros
Luiz Eduardo Soares (@soaresluiz) é cientista político, antropólogo e ex-secretário nacional de Segurança Pública. Pela Todavia, publicou O BRASIL E SEU DUPLO (2019) e, mais recentemente, ENQUANTO ANOITECE – um romance que atravessa o Brasil estrada afora. Neste post, te contamos um pouco mais sobre o autor.
ENQUANTO ANOITECE
Um homem simples do interior do nordeste cruza o país, de 1955 a 2005, migrando da violência institucionalizada − foi pistoleiro na ditadura − à nobreza do amor paterno − torna-se um pai dedicado e trabalha como porteiro no Leblon. Diante de impasses e bifurcações do destino, os protagonistas deste romance feroz − uma narrativa que atravessa engenhos, estradas empoeiradas e favelas controladas por milicianos − se movimentam com uma energia dramática que captura o leitor desde a primeira página. No fio da navalha, a história do Brasil.
Capa: @felipeparanaguabraga
Lançamento – Enquanto Anoitece – 7/07/23
Lançamento do novo romance de Luiz Eduardo Soares, Enquanto Anoitece.
Conversa com Paulo Roberto Pires 7/7/23, sexta feira, 19hs
Na Books Livraria, Praia de Botafogo, 316
Espaço Itaú de Cinema – Botafogo – Rio de Janeiro
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL COMO ESTRATÉGIA E UTOPIA
(E o Rio, cadê?
Como o clichê, e o real,
desmanchou no ácido
de Venceslau.
E o sol, cadê?
Cadê o carnaval?
E o samba, José?
O Rio dançou?)
1. Abominações introdutórias
O Rio de Janeiro é um clichê global poderoso que está em xeque. A cidade rebelou-se contra seu retrato. O Dorian Gray urbano precisa da degradação de sua imagem-fetiche para libertar-se do feitiço e viver, assumindo os riscos e as novas possibilidades. Cumpre destruir a imagem encantada e deixar morrer o que sobrevivera às custas da fantasia benevolente. Esta é a exigência dos milhões de cariocas que se rebelam contra a domesticação imposta pela história edulcorada que contamos a nós mesmos sobre o que somos. Esta é a agenda de quem ama a liberdade e a justiça, nas suas mais variadas acepções. O tempo da autoindulgência acabou. O Rio atravessa um momento doloroso e fecundo de perigo e reinvenção. A estação de fúria e tempestades não anula o mar, o sol, o esplendor da mata Atlântica e a dança infinita, mas estilhaça ilusões e incinera a pachorra pusilânime dos cartões postais.
Leia Mais...»Pistolando podcasts – Desmilitarizar com Luiz Eduardo Soares
Podcasts para o site Pistolando
Como você definiria termos como segurança pública, ordem, criminalidade? Você certamente já ouviu falar da necessidade da desmilitarização da Polícia Militar, mas você sabe exatamente como isso é reivindicado, o que isso significa, que consequências teria, por que nunca foi feito antes, que argumentos são utilizados por quem rejeita essa ideia? Conversamos com Luiz Eduardo Soares, co-autor de “A Elite da Tropa” (sim, esse mesmo) e autor de “Desmilitarizar”, no nosso primeiro episódio em parceria com a Editora Boitempo.
Leia Mais...»Resenha do Livro “Desmilitarizar: Segurança Pública e Direitos Humanos”
Leonardo Isaac Yarochewsky 01/06/2019
No momento em que o governo Federal propõe, a um só tempo, blindar a polícia dos crimes perpetrados – vide o projeto “anticrime” do ministro da Justiça – e armar a população; no momento, em que alguns governantes estaduais defendem abertamente o extermínio de “bandidos”; no momento que as milícias ocupam o lugar do Estado; no momento em que os direitos humanos continuam sendo rechaçados e que a política de drogas continua encarcerando negros e miseráveis, fruto de um sistema penal seletivo; o antropólogo e ex-secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares lança pela Boitempo o livro “Desmilitarizar: Segurança Pública e Direitos Humanos”.
Dentre os diversos temas abordados com a capacidade e inteligência que lhe são próprias, Luiz Eduardo Soares demonstra que não há antagonismo na política de segurança pública e no seu comprometimento com os direitos humanos, pelo contrário, no dizer preciso do autor, “não há política pública senão no âmbito do Estado democrático de direito, em que a Justiça toma a equidade como bússola, onde há pluralismo e reina a liberdade, a despeito dos inevitáveis limites e todas as contradições”.
Luiz Eduardo Soares desfaz o mito de que nos regimes totalitários há mais segurança que nos regimes democráticos. Segundo o antropólogo, o número (quantidade) de crimes por si só – evidenciado em países totalitários – não basta para definir a segurança. A ideia de que mais repressão, tortura, execução (pena de morte), censura, perseguição etc., próprias de regimes autoritários e de exceção gerem mais segurança é falsa. Afinal, diz o autor, “a paz dos cemitérios não figura em nosso sonho feliz de cidade”. Necessário notar, segundo Soares, a forte presença do medo nas sociedades autoritárias e nos regimes totalitários, o que corrobora a ideia de que “sob o totalitarismo não há segurança, porque o medo é onipresente e corrói a segurança”, a começar pela Justiça.
Em sua mais recente obra, o autor faz necessárias críticas à atual política de segurança pública e em especial a que se refere a Polícia Militar e a Justiça Criminal “como promotoras de desigualdades”. Trabalhando com dados e com pesquisas – Mapa da Violência e Censo – Luiz Eduardo Soares demonstra como o sistema penal é violentamente seletivo, matando e encarcerando negros e pobres. Assim, entre 2002 e 2010, segundo o Mapa da Violência publicado em 2012, o número de vítimas brancas caiu 27,5%, enquanto a quantidade de negros vítimas de homicídio cresceu 23,4%. Os dados demonstram claramente que negros e pobres são as principais vitimas da violência e alvos preferidos do perverso sistema penal.
Por tudo, o antropólogo e pesquisador Luiz Eduardo Soares propõe uma nova e revolucionária política de segurança pública com a desmilitarização da polícia.
Para saber mais, recomenda-se a leitura dessa indispensável obra escrita por um dos mais importantes pensadores da segurança pública no País.
O sentido de uma história depende do ponto a partir do qual começamos a contá-la
Este é o primeiro capítulo do livro Justiça, pensando alto sobre violência, crime e castigo, de Luiz Eduardo Soares, publicado pela editora Nova Fronteira, em 2011.
I. O sentido de uma história depende do ponto a partir do qual começamos a contá-la
Cheguei a Recife atrasado para a palestra na universidade. Não estava muito a fim de papo. Não que eu seja um sujeito antipático. Acho que não sou. Costumo gostar de conhecer pessoas e conversar. Além disso, táxis são ótimos veículos para conhecer a cidade e seu espírito, e as opiniões médias da população sobre política, sexo, crime e futebol. O método não é lá muito científico, mas funciona. A gente fica com uma visão geral do que a sociedade tem discutido. Entretanto, naquele dia não queria prolongar muito o diálogo. Estava preocupado com a hora e com as expectativas de meus colegas. Eles tinham sido muito gentis quando me convidaram, e eu não queria decepcioná-los.
Não tinha jeito. Enquanto eu tentava repassar a palestra de memória – primeiro: definir violência; segundo: apresentar os dados nacionais e internacionais; terceiro: discutir as causas; quarto: apresentar possíveis soluções –, o taxista insistia em puxar assunto. Contava uma história depois da outra e nem esperava para ouvir minha opinião. Emendava logo a próxima. Parecia a Rádio Relógio. Eu tentava escapar, misturando a rememoração dos temas que planejara abordar com as paisagens belíssimas de Recife e Olinda.
Leia Mais...»Life and Death in Rio de Janeiro
By Jez Smadja to Los Angeles Review of Books
IN THE BOOKSHOPS with weeks to go before the 2016 Summer Olympics, Luiz Eduardo Soares’s Rio de Janeiro: Extreme City is possibly not the book that the International Olympic Committee, the Visit Rio tourist board, the mayor Eduardo Paes, or indeed many cariocas — a breed of people particularly sensitive to any slurs against their city — will want you to read. There’s barely a mention of the breathtaking scenery, the historic samba schools, the state-of-the-art museums it has delivered in time for the Games, or the new metro extension and light rail system it hasn’t, or not yet at any rate.
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