Como foram as manifestações de 7 de junho
Facebook, 8 de junho, 2020
LES
É hora de valorizar tudo o que os atos pela democracia e contra o racismo mostraram de positivo, desde os cuidados para evitar a expansão da pandemia até a atenção bem planejada que evitou provocações, de modo a que as grandes bandeiras em torno das quais todas e todos se uniam impuseram-se com luz própria, sem máculas. O fato de que os números tenham sido modestos não reduz a importância das manifestações e até contribuiu, dadas as circunstâncias, para seu sucesso. Bolsonaro não teve as imagens de destruição que desejava e a luta democrática pode celebrar mais um passo exitoso. O desafio agora será promover a unidade antifascista em todos os níveis e, quando a crise sanitária permitir, incluir nas manifestações, que não se esgotam nas ruas, as massas populares. Quando o povo se mobilizar, aí, sim, o barco do fascismo vai adernar. Para dialogar com as maiorias, sugiro uma agenda: a renda básica universal permanente, não só na pandemia, e a fila única para atendimento dos pacientes com Covid-19, submetendo a rede privada aos interesses públicos do SUS. Se já fosse assim, duvido que a classe média e as elites defendessem a volta precipitada ao trabalho. Por que a mídia só informa a disponibilidade de leitos públicos? E os leitos privados? Quem não quer tocar nesse assunto? O lobby das companhias de seguro, as redes privadas de saúde e seus aliados.
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