RIO – Ex-secretário nacional de Segurança, o antropólogo Luiz Eduardo Soares discorda do modelo de encarceramento adotado no Brasil. Para ele, o sistema prisional como está é incapaz de ressocializar os detentos. Segundo ele, nem sempre o aumento do efetivo policial resulta em queda dos índices de criminalidade. Soares defende mudanças no processo de execução penal e maior treinamento dos policiais.
Entrevista com Luiz Eduardo Soares Dossiê Segurança Pública e Violência
Esta entrevista foi realizada em 7 de janeiro de 2013, no Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tendo como entrevistadores Paulo Jorge Ribeiro, Marcelo Bauman Burgos, Luiz Fernando Almeida Pereira e Valter Sinder. Luiz Eduardo Soares é formado em Literatura pela PUC-Rio, possui mestrado em Antropologia pelo Museu Nacional da UFRJ e doutorado em Ciência Política pelo IUPERJ. Foi professor da UNICAMP e um dos fundadores da área de pesquisas sobre violência do Instituto de Estudos da Religião (ISER). Foi pesquisador e professor também nos Estados Unidos, em instituições como o Vera Institute of Justice de Nova York, Columbia University, Harvard University, University of Virginia, University of Pittsburgh e Columbia University. É professor da UERJ e coordena o curso à distância de gestão e políticas em segurança pública, na Universidade Estácio de Sá. Entre sua vasta produção acadêmica, destacam-se Meu casaco de general: 500 dias no front da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (Companhia das Letras, 2000); Cabeça de porco (com MV Bill e Celso Athayde, Objetiva, 2005); Elite da tropa (com André Batista e Rodrigo Pimentel, Objetiva, 2006); Elite da Tropa 2 (com André Batista, Rodrigo Pimentel e Claudio Ferraz, Nova Frontera, 2010); Segurança tem saída (Sextante, 2006), Justiça (Ediouro, 2011), Tudo ou Nada (Ediouro, 2011), entre outros livros e artigos, no Brasil e no exterior. Possui um romance, O experimento de Avelar (Relume Dumará, 1997), além de produção dramatúrgica e ensaística. Também é um dos mais importantes gestores e planejadores brasileiros na área de segurança pública, tendo sido coordenador desta área no governo de Anthony Garotinho (RJ), entre 1999 e 2000, com também a Secretaria Nacional de Segurança Pública durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Ocupou cargos também nos municípios de Porto Alegre (RS) e Nova Iguaçu (RJ).
Homicídios: ex-secretário nacional de Segurança critica sistema prisional
Antropólogo Luiz Eduardo diz que nem sempre o aumento do efetivo policial resulta em queda dos índices de criminalidade
FÁBIO VASCONCELLOS
O GLOBO
Entrevista sobre cotas nas universidades para o site Nota de Rodapé
Preto no branco
Sabe quando seus olhos ou ouvidos batem em algo que salta da página, ecoa na cabeça e fica atormentando o juízo? Aconteceu comigo há algumas semanas, quando li um comentário de duas linhas na geleia geral do Facebook. Transcrevo: “Por anos lecionei só na Pós. Este ano, voltei à graduação da UERJ. O resultado das cotas para negros é tão maravilhoso, que me emociono toda semana.” O autor do comentário era Luiz Eduardo Soares, antropólogo, escritor, dramaturgo e gestor público com importante atuação em todas essas áreas.
Entrevista de Luiz Eduardo Soares para Folha de São Paulo
Governo Dilma é retrocesso na segurança pública, afirma escritor
CASSIANO ELEK MACHADO
DE SÃO PAULO
Às vésperas de completar seus 60 anos, Luiz Eduardo Soares resolveu fazer um balanço do tema com o qual vem convivendo cotidianamente há muitas décadas, a segurança pública.
O antropólogo não ficou muito satisfeito. Contabilizou problemas sérios nas esferas municipal, estadual e federal, na atuação da esquerda e da direita, em governos como o de Fernando Henrique Cardoso, “inerte”, e no de Dilma, “que representa um retrocesso na área”.
Leia Mais...»Entrevista de Luiz Eduardo Soares sobre a escalada da violência em São Paulo, concedida a Luisa Bustamante, publicada no jornal O Dia
Versão integral da entrevista de Luiz Eduardo Soares sobre a escalada da violência em São Paulo, concedida a Luisa Bustamante, publicada no jornal O Dia, em 17 de novembro de 2012.
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Tudo ou nada na questão das drogas
Em visita ao Recife para lançamento de seu novo livro, o ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares concedeu entrevista ao Diario
Autor e co-autor de 20 livros, incluindo sucessos como Cabeça de porco, Meu casaco de general e Elite da Tropa 1 e 2, o mestre em antropologia, doutor em ciência política e pós-doutor em filosofia política Luiz Eduardo Soares lançou recentemente no Recife Tudo ou nada. A narrativa conta a impressionante história de Lukas Mello, pseudônimo de Ronald Soares, brasileiro de classe média que fez fortuna na década de 1990, passou dez anos velejando, se tornou dependente de heroína e foi preso na Inglaterra por associação ao tráfico de duas toneladas de cocaína. Chegou a ser considerado o preso mais perigoso daquele país, mesmo sem haver pego em armas. Réu no julgamento mais longo da Europa, foi condenado a 24 anos de prisão.
Livro do antropólogo Luiz Eduardo Soares conta a história do economista bem-nascido que se tornou traficante internacional
Em 2007, o antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares recebeu uma proposta do amigo José Carlos Escobar, psicanalista no Recife: conhecer o primo dele, condenado a 24 anos de reclusão por traficar duas toneladas de cocaína para a Inglaterra, que seria transferido para o Brasil. Sem nunca ter praticado ato violento, o economista Ronald Soares cumpria pena em prisão de segurança máxima inglesa. Era considerado um dos detentos mais perigosos daquele país.
Leia Mais...»Ficção e realidade do crime organizado no Brasil – Entrevista para Ciência Hoje
LUIZ EDUARDO SOARES
Ficção e realidade do crime organizado no Brasil
Thiago Camelo
Especial para Ciência Hoje/RJ
O Rio de Janeiro vivia o início do que, posteriormente, ficaria conhecido como o Dia D da cidade. Era 22 de novembro quando a Ciência Hoje entrevistou o antropólogo, cientista político e especialista em segurança pública Luiz Eduardo Soares. O mote da conversa já havia sido definido há semanas: seu novo livro, Elite da tropa 2. Depois de vender cerca de 180 mil exemplares do primeiro Elite da tropa, Luiz Eduardo Soares e seus amigos e coautores da obra – os policiais André Batista e Rodrigo Pimentel e o delegado Cláudio Ferraz – apontaram, por meio de uma realidade ficcionalizada, o novo inimigo do carioca: as milícias, grupoS de policiais corruptos que dominam favelas e usam a força para controlar o local (a comunidade presta conta – e tem de pagar – ao miliciano), sob o pretexto de estar defendendo e protegendo os moradores.
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